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domingo, 4 de março de 2012

Continuando com... Book Reviews de Fevereiro - A Rapariga que sabia ler vs. A menina que não sabia ler

Imagem retirada de:
http://leiturasnabe.blogspot.com

Frances Harding, A rapariga que sabia ler. Lisboa, Presença, 2009, 334 p.
Livro requisitado na Biblioteca João Soares


Já expliquei aqui como encontrei este livro e porque é que constituiu uma das minhas leituras deste ano. De facto, não tivessem sido aquelas coincidência não teria para já lido estes livros. No entanto, avancei para a sua leitura e considero que até foram interessantes. Este particularmente surpreendeu-me pela riqueza de vocabulário e da história. À medida que o ia lendo, vinha-me sempre à ideia a história de "O Perfume" pelo cenário setecentista. No final do livro, a autora refere-se ao reino encantado como algo que surgiu na sua imaginação, atribuindo-lhe algumas características da época do séc. XVIII! Ou seja, foi a confirmação de alguma sensação de dejá vu. A história é engraçada e tem muitos momentos de pura diversão. Desta história, retiro um excerto que me divertiu muito. Um livro bem imaginado.

P. 98.: "- Mabwick Toke é o presidente da delegação dos Impressores em Mandelion. É capaz de citar o "Esforços" de Pessimese de uma ponta à outra, de Génesetranquila até Consequências, no Acrílico de origem. Fala vinte línguas, metade delas ainda em uso, incluindo duas dos Montes Aragash, e uma que só se consegue falar se se puser uma moeda debaixo da língua. Quando viaja, leva as estantes tão atafulhadas de livros que nem uma brisa lá consegue penetrar sem muito esforço. Uma vez, conseguiu desmascarar uma liga de subversivos ao identificar um único fio sedoso na textura do papel de um bilhete de ópera. Se a inteligência fosse alfinetes, o homem era como um ouriço-cacheiro.




A Menina Que Não Sabia Ler 

Imagem retirada de:


John Harding, A menina que não sabia ler. Alfragide, Livros d´hoje, 2010, 282 p.

Livro requisitado na Biblioteca João Soares


Este livro foi descoberto numa engraçada (?) coincidência de arrumação. Estava a organizar os livros novos quando este me chama a atenção. Quase ao mesmo tempo, agarro noutro livro e quando os junto para fazer a requisição é que reparo na semelhança dos títulos e nos nomes dos autores.  Depois de ler "A Profecia Celestina" sem dúvida que é estranha a coincidência! E por isto tudo, decidi que estes livros tinham de ser lidos em conjunto! Mas esta história acabou por vencer no interesse, isto é, inicialmente a minha atenção pendia mais para a escrita de Frances Hardinge.  Este não parecia tão bem escrito, mas quando me deixei levar pela história tive mesmo que deixar " A rapariga que sabia ler" de parte para me concentrar totalmente nesta história. O final foi totalmente inesperado e assustador. Perturbador, talvez seja a palavra mais adequada. Só por esse elemento de surpresa, o livro impressionou-me. No entanto , não encontrei nenhuma frase que se destacasse com um pensamento digno de nota. A estrutura da história e a personagem principal, a menina Florence, são o que este livro tem de mais especial, na minha humilde opinião.

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